MOTOGP REPETE CENáRIO RECENTE E VIVE TEMOR COM GRANDES ACIDENTES àS VéSPERAS DAS FéRIAS

A MotoGP completou o primeiro dia de treinos para o GP da Alemanha, nesta sexta-feira (5), com Maverick Viñales na frente. O piloto da Aprilia achou uma grande volta e sobrou na sessão principal do dia, inclusive com novo recorde em Sachsenring. O grande assunto, no entanto, foi o alto número de acidentes nas atividades.

O maior susto do dia foi de Marc Márquez. O hexacampeão da MotoGP errou logo nos primeiros minutos da sessão vespertina, quando perdeu a dianteira da moto #93 e foi ejetado na curva 11. A violenta queda assustou a todos que acompanhavam o treino e fez o espanhol passar no centro médico, quando teve uma fratura no dedo da mão esquerda revelada — e um grande hematoma nas costelas.

Outros pilotos também tiveram quedas feias no dia, como Marco Bezzecchi, Fabio Di Giannantonio — que rendeu bandeira vermelha — e Pedro Acosta, além de competidores nas outras três categorias que compõem o Mundial de Motovelocidade.

As possibilidades para o alto número de acidentes são inúmeras. Durante a noite, a chuva lavou a pista de Sachsenring e tirou a aderência. Para completar, as baixas temperaturas complicaram a vida dos pilotos que buscavam esquentar adequadamente os pneus na veloz pista alemã.

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Por falar nisso, muitos podem culpar o próprio circuito de Sachsenring pelos acidentes. Seja pelas altas velocidades obtidas em alguns trechos, pela dificuldade com as variações de altitude ou até mesmo pelo excessivo número de curvas para a esquerda, fazendo com que as quedas aconteçam em curvas para a direita — e aí a falta de aquecimento dos pneus ataca novamente.

"Fazia frio e ventava muito. Hoje estava perigoso andar no limite porque o vento era muito intenso e gelada, então bastava duas curvas lentas para o pneu dianteiro perder calor", afirmou o atual bicampeão Francesco Bagnaia após o primeiro dia de treinos.

"A curva 11 é muito complicada no passado, agora muito mais. Todos que caíram ali fizeram na primeira volta rápida, quando é preciso um pouco de prudência nestas condições", acrescentou o piloto da Ducati.

Sinceramente, ficaríamos todos tranquilos se o grande problema fosse apenas o circuito de Sachsenring, mas a MotoGP vive novamente o drama de ter muitos acidentes e pilotos lesionados. Em 2023, vale lembrar, a categoria fez 20 etapas e não contou com o grid titular em momento algum, sempre afetado por alguma lesão diferente — ou várias simultâneas.

Na última etapa, o GP dos Países Baixos, a classe rainha do Mundial de Motovelocidade saiu com três baixas. Na última volta da corrida sprint, Aleix Espargaró caiu e fraturou a mão direita. Ainda tentou correr na Alemanha, mas desistiu após poucas voltas no primeiro treino livre. Como o substituto Lorenzo Savadori se machucou na mesma prova, a Aprilia vai correr com apenas uma moto agora.

Outra ausência é a de Álex Rins. Uma violenta queda na largada em Assen, depois de ser ejetado da moto e cair no meio do pelotão, gerou uma lesão no punho do espanhol da Yamaha. Com isso, foi substituído por Remy Gardner, que estava fora do grid da MotoGP desde o fim de 2022.

Para o restante do fim de semana, ainda há a expectativa de chuva em Sachsenring e um temor de novos acidentes, impulsionados ainda mais pelo frio e os fortes ventos esperados. Resta saber se a categoria vai arriscar e, no fim, torcer para que os pilotos não sofram novas lesões.

MotoGP volta a acelerar neste sábado (6), a partir de 5h10 (de Brasília), para a definição do grid de largada do GP da Alemanha, em Sachsenring. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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