TíTULO DE CIDADANIA A LULA: PROPOSTA PODE SER REPROVADA Já NA COMISSãO DE CONSTITUIçãO E JUSTIçA

Pelo menos o relator da Comissão de Constituição e Justiça, o deputado Alan Queiroz, já avisou: vai votar contra a proposta da sua colega do PT, a deputada Cláudia de Jesus, única parlamentar do partido na Assembleia, para dar um título de cidadania ao presidente Lula, via parlamento estadual. No dia da apresentação do projeto, aliás, Alan foi à tribuna criticar a intenção da homenagem, afirmando que o governo Lula não fez nada por Rondônia, neste momento em que as queimadas e a fumaça tomam conta do Estado. À outra pessoa próxima, o parlamentar disse que ainda acrescentará em seu relatório a proibição da Assembleia conceder alguma honraria a qualquer pessoa que tenha sido condenada por colegiado. Embora descondenado pelo STF, na verdade, Lula continua respondendo pelos casos. Ele foi citado em 60 delações; condenado por 32 juízes diferentes; foram apresentadas à Justiça mais de 3 mil provas nos inquéritos; foi condenado no STJ, por cinco votos a zero e três votos a zero no TRF-4. Essas serão algumas das alegações que farão parte do relatório do deputado Alan Queiroz, pedindo a reprovação da proposta de Cláudia de Jesus. O projeto, aprovado pela própria ALE, que proíbe homenagens a condenados, foi de autoria do deputado estadual Delegado Rodrigo Camargo, outro que criticou duramente a tentativa de conceder o título de cidadania ao presidente. O parlamento tem, nas suas pautas, uma série de assuntos de grande importância para o Estado, incluindo investimentos em obras, recuperação de rodovias, combate aos focos de incêndio e à fumaça. Mas, obviamente, não há nenhum outro tema, neste momento, que movimente tanto os bastidores do poder quanto o que envolve o nome de Lula.

Dos 24 deputados estaduais, a única representante da extrema esquerda é Cláudia de Jesus. Ela tem a política no sangue. É filha do três vezes deputado federal petista Anselmo de Jesus, de Ji-Paraná. Foi vereadora na sua cidade e se elegeu como única deputada petista. Sua atuação tem sido coerente com seu partido e sua ideologia. A tentativa de homenagem ao presidente Lula, portanto, não está fora daquilo que ela defende. O problema é que a grande maioria dos deputados eleita quer distância não só das teorias da esquerda como, ainda, do atual governo federal. A própria Comissão de Constituição e Justiça é composta pela maioria de parlamentares conservadores. Ela é presidida por Ismael Crispin (MDB) e tem como membros Laerte Gomes (PSD), líder do governo Marcos Rocha; Alan Queiroz (Podemos); Delegado Camargo (PL); Delegado Lucas Torres (PP); Deputada Dra. Thaíssa (ex-PSC, agora Podemos) e o deputado Luizinho Goebel (Podemos). Dessa relação, haverá alguém que vota a favor da homenagem a Lula? Nesta próxima semana saberemos.

Sem novidades no front da política. A única campanha forte que está nas ruas é a de Mariana Carvalho

Na reta final da campanha para a Prefeitura de Porto Velho, há muito pouco de novo, que se possa dizer que os prognósticos e a lógica pudessem ter sido afrontadas. Nas ruas, parece que há apenas uma candidatura: a de Mariana Carvalho. Nem Léo Moraes, que é o segundo nome mais forte da disputa, nem Euma Tourinho conseguiram um volume de presença nas ruas do centro e bairros, que pudesse chegar perto da mobilização, cheia de gente, mas certamente caríssima, que a candidata que lidera uma coalizão de 12 partidos está conseguindo. A participação de Jair Bolsonaro no horário eleitoral, pedindo votos à candidata e sua presença física, já confirmada, primeiro em Ji-Paraná e depois em Porto Velho, no dia 26, claro que vai dar ainda uma dose a mais de incentivo à candidata que, certamente, chegará em primeiro lugar. Uma das poucas dúvidas, ainda, é se haverá ou não segundo turno. Há pesquisas que dizem que sim e outras, com resultados totalmente diferentes, informando que não. Outra questão: se houver segundo turno, Léo Moraes será mesmo o adversário ou há alguma chance de que a novata na política, a ex-juíza Euma Tourinho, possa superá-lo? Os demais candidatos, que no geral se saíram bem nas sabatinas realizadas pela SICTV, têm boas propostas, currículos invejáveis e intenções altamente positivas. Mas, todos eles estão praticamente no mesmo lugar, desde o início da campanha. Surpresa? Talvez a única pudesse ser Célio Lopes, o representante da esquerda, caso conseguisse atrair todo o eleitorado desta ideologia para si. Até agora, está longe de conseguir!

SICTV inicia série de debates, no sábado à noite. TV Norte e Globo também confirmaram confrontos entre os candidatos

A grande oportunidade para mudar o quadro atual da campanha será, sem dúvida, os debates previstos para a reta final. Principalmente o da SIC TV Record, que será realizado neste próximo sábado, dia 28, no horário nobre, às 20 horas, que tem sido decisivo nas últimas disputas. O prefeito Hildon Chaves, por exemplo, sempre repete que um dos motivos da sua vitória em sua primeira eleição e na segunda, foi uma participação destacada nos debates da emissora. O confronto na SICTV, com duas horas de duração, será o único no horário nobre. Já na segunda-feira seguinte, está agendado o debate na TV Norte (SBT). Acontecerá pela manhã, a partir das 11 horas. O último dos confrontos, como já é tradicional, acontece a apenas 72 horas do pleito, na Rede Amazônica (Globo), também à noite, mas em horário ainda a ser confirmado. Dos sete candidatos, apenas há dúvida ainda em relação à participação de Mariana Carvalho. Todos os demais candidatos (Léo Moraes, Euma Tourinho, Benedito Alves, Célio Lopes, Samuel Costa e Ricardo Frota) já confirmaram suas participações nos três eventos televisivos. A pergunta é: a líder nas pesquisas, mesmo sabendo que será o principal alvo dos ataques de todos os demais candidatos, vai mesmo participar dos embates? A outra: se não for, o prejuízo eleitoral poderá ser tão grande ao ponto de afetar sua candidatura? Em poucos dias teremos as respostas.

Sem dinheiro, sem TV, sem santinho, Ricardo Frota aproveitou sabatina na SICTV para falar com o eleitor da capital

Há apenas uma chance e, assim mesmo, sem certeza de que dará certo, para que o candidato do Partido Novo, Ricardo Frota, consiga algum avanço na sua campanha pela Prefeitura de Porto Velho. Sem dinheiro (recebeu apenas 27 mil reais do seu partido e, ainda assim, para dividir com os 20 candidatos à Câmara Municipal); sem espaço no horário eleitoral gratuito; sem santinho e sem ter como contratar cabos eleitorais ou formiguinhas, Frota e seu candidato a vice, o conhecido médico Valdemar Katayama, só podem contar com as redes sociais e com a sola dos seus sapatos, para buscar apoios. Ricardo Frota acabou tendo um espaço inédito na mídia, com uma sabatina de quase uma hora, quando foi questionado pelos Dinossauros Everton Leoni, Beni Andrade e Sérgio Pires, na SICTV. Falando firme, com um programa de governo que ele garante que é viável e que cabe no orçamento, Frota se sai muito bem. Certamente os porto-velhenses que não haviam ainda ouvido falar nele, ficaram sabendo que é um nome respeitado, nascido na capital e que a conhece profundamente e que apresenta propostas interessantes, como concurso para contratação de técnicos para cargos comissionados, algo inovador, sem dúvida. Ricardo criticou a estrutura atual da saúde pública, anunciou mudanças para melhorar o atendimento da população; prometeu valorizar os servidores, mas aproveitou para alfinetar a atual administração que, segundo ele, aumentou em mais de 100 por cento o número de cargos comissionados. Ao comentar sobre os outros candidatos, criticou Mariana Carvalho, Samuel Costa e a Euma Tourinho.

Benedito quer revitalizar o centro, resolver o problema da água e criar programa de médicos e remédios à domicílio

Praticamente sem apoio de candidatos à Câmara Municipal. Com apenas 17 segundos no horário eleitoral gratuito e sem um só centavo do Fundo Eleitoral, contra o qual ele é totalmente contrário (“é legal, mas é imoral”, afirma), o professor e ex-conselheiro do Tribunal de Contas, Benedito Alves, mesmo com tudo isso, está muito otimista em relação às suas possibilidades de se eleger prefeito de Porto Velho. Ao participar da série de sabatinas que estão sendo promovidas pela SICTV, nesta sexta-feira, Benedito explanou partes importantes do seu plano de governo, criticou a candidata Euma Tourinho, considerou Léo Moraes e Mariana Carvalho (ambos foram seus alunos) como “inexperientes” e disse que, caso eleito, vai tornar a capital dos rondonienses como a melhor entre todas da região norte. Benedito disse que será feita uma grande revitalização no centro da capital; que implantará uma bela estrutura beira rio, no Madeira, como um cartão de visitas da cidade e afirmou que há sim, recursos para tudo isso. Criticou duramente o fato de apenas 30 por cento da população ter água tratada em suas casas e não descartou a possibilidade de criar uma empresa municipal, caso a Caerd não cumpra seu papel. Na saúde, pretende criar programas em que os médicos vão à casa dos pacientes, usando como exemplo a preocupação com os mais de 150 mil porto-velhenses que, segundo ele, têm diabetes e que receberiam atendimento e medicamentos a domicílio. Benedito falou com entusiasmo sobre todos os assuntos questionados e se disse pronto para a missão de comandar a maior cidade do Estado.

Guerra às queimadas, voos internacionais para Porto Velho e asfalto na BR 319: prioridades nas batalhas de Cristiane Lopes

Batalha contra as queimadas e a fumaça, pedindo medidas até agora não tomadas pelo governo federal. Luta para a aprovação da lei que abre o espaço aéreo da nossa área a empresas estrangeiras. Cobrança ao ministro dos Transportes, Renan Filho, para a volta do asfaltamento do chamado Trecho do Meio da BR 319, que foi sustado novamente por pedido de uma ONG internacional e, claro, acatado por uma juíza do Amazonas. Tudo isso faz parte da pauta de prioridades da deputada federal Cristiane Lopes, que tem tido uma atuação bastante elogiada na bancada federal rondoniense. Estes foram alguns dos temas abordados pela parlamentar, durante sua participação no programa Papo de Redação, da Rádio Parecis FM, sempre em rede estadual. Cristiane criticou a União por não estar tomando medidas drásticas contra as queimadas criminosas, segundo ela, e nem a fumaceira que tomou conta de grande parte do Estado de Rondônia e principalmente da sua capital, além de várias outras áreas da região norte. Com relação ao caos aéreo, ela apontou que o projeto está andando e deve passar por todas as comissões, com sucesso. Se aprovado, será terminativo e não haverá necessidade de votação no plenário. Há, portanto, chances reais de que, em breve, tenhamos empresas aéreas de outros países voando para Rondônia e daqui para outros aeroportos nacionais. Por fim, o asfaltamento da BR 319, também prometido pelo presidente Lula, ao visitar o Amazonas, nesta semana, Cristiane disse que quer acreditar, mas acha difícil que a promessa seja cumprida. Garantiu, contudo, que continuará batalhando, aproveitando para elogiar o ministro Renan Filho, dizendo que a escolha deste nome foi correta pelo presidente Lula.

Barofaldi, presidente da Associação Pan Amazônia, escreve para defender urgência no asfalto da BR 319

A importância vital da BR 319 para nossa região, foi destacada num artigo assinado pelo empresário Adélio Barofaldi, presidente da Associação Pan Amazônia. Com o título “BR 319, um caminho de promessas e oportunidades”, Barofaldi afirmou que “a BR 319, que liga os estados de Rondônia e Amazonas, é muito mais do que uma estrada. Ela representa uma linha vital de integração e desenvolvimento econômico, social e regional. No entanto, a rodovia permanece um símbolo das promessas políticas que, por décadas, alimentaram esperanças de desenvolvimento e integração nacional. Desde sua inauguração em 1976, temos testemunhado garantias de que a rodovia seria reconstruída e pavimentada, transformando-se novamente em uma via de prosperidade para Rondônia, Amazonas e toda a Amazônia”. Prossegue: “a urgência dessa obra nunca foi tão evidente quanto agora, em meio à crise hídrica que afeta o Rio Madeira, com níveis historicamente baixos. Com a redução da navegabilidade no Rio Madeira, essa rodovia se torna a única alternativa viável para o transporte de itens essenciais como alimentos, medicamentos e, principalmente, combustíveis que vêm de Manaus para Rondônia. Sem essa via em plenas condições de operação, a população de Rondônia pode enfrentar dificuldades graves. O impacto já é sentido no estado do Amazonas, onde o custo de vida está diretamente ligado às precárias condições da BR-319. Se o rio ficar intransitável, os combustíveis, por exemplo, precisarão vir de Paulínia, em São Paulo, para Rondônia, elevando significativamente os custos e, consequentemente, pressionando a economia local.

“Onda de cancelamentos de voos, devido à fumaça, agrava ainda mais a situação”, analisa o empresário

O líder empresarial da Amazônia prossegue: “além disso, a recente onda de cancelamentos de voos devido à fumaça provocada pelas queimadas agrava ainda mais a situação, destacando a urgência da BR-319. Com o transporte aéreo frequentemente interrompido, a rodovia se torna a única alternativa viável para manter o fluxo de pessoas e mercadorias entre o Amazonas e Rondônia. A falta de uma infraestrutura rodoviária adequada nos deixa vulneráveis, intensificando o isolamento da região e dificultando o acesso a bens e serviços essenciais. Estamos em um momento crucial, onde os projetos que envolvem a BR-319 necessitam de mais do que palavras e promessas. Precisam de ação. E, como sociedade, devemos nos mobilizar para cobrar dos nossos representantes um compromisso real e duradouro com essa obra de vital importância. A reconstrução da BR-319 não é uma questão de escolha; é uma necessidade para o futuro econômico e social de Rondônia, Amazonas e de toda a Amazônia. Não podemos mais postergar essa discussão. A realidade nos mostra que ao longo dos anos, as promessas de reconstrução têm enfrentado barreiras diversas: ambientais, burocráticas e de vontade política”.

“O povo da Amazônia precisa de ações concretas e não apenas de discursos”, defende Barofaldi

“Mais do que nunca”, conclui Adélio Barofaldi, “é preciso que nossos governantes priorizem essa obra, garantindo que a reconstrução ocorra de forma sustentável, preservando o meio ambiente, mas também assegurando a sobrevivência e o bem-estar das populações amazônicas. Se a BR-319 estivesse em condições adequadas, o impacto da crise hídrica do Rio Madeira seria muito menos severo. Ela permitiria a continuidade do abastecimento e do transporte de bens de forma eficiente, evitando a escalada dos preços e garantindo que o Amazonas permanecesse conectado ao restante do Brasil. O tempo de agir é agora. A reconstrução dessa rodovia não pode mais ser tratada como promessa, mas sim como um compromisso inadiável com o futuro da nossa região. A luta pela BR-319 transcende qualquer ideologia política; é uma causa apartidária, voltada para o bem-estar e o desenvolvimento de toda a região amazônica. Chega de promessas vazias. O povo da Amazônia precisa de respeito e ações concretas, não de discursos. É hora de transformar palavras em resultados e garantir o direito ao progresso que tanto merecemos.”

Perguntinha

Na sua visão, há ou não risco claro de algum tipo de intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela, depois da ameaça dos americanos, afirmando que “não descartamos nada” em relação às medidas contra o governo do ditador Nicolás Maduro, que fraudou a eleição em que ele assumiu novo mandato na marra?

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