ESTADOS UNIDOS APREENDEM AVIãO DO PRESIDENTE VENEZUELANO NICOLáS MADURO

Os Estados Unidos anunciaram, nesta segunda-feira (2), que apreenderam um avião pertencente ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A aeronave se encontrava na República Dominicana e foi transferida para a Flórida. As autoridades alegam que ela violava as sanções norte-americanas.

Mais um episódio no histórico de tensões entre Estados Unidos e Venezuela. Segundo informou o Departamento de Justiça norte-americano em um comunicado, um avião Dassault Falcon 900EX que pertenceria a Maduro e teria sido exportado ilegalmente dos Estados Unidos foi apreendido durante a manhã na República Dominicana.

"O Departamento de Justiça apreendeu uma aeronave que foi adquirida ilegalmente por US$ 13 milhões (R$ 73 milhões na cotação atual) através de uma empresa de fachada e foi contrabandeada para fora dos Estados Unidos para ser usada por Nicolás Maduro e seus comparsas", disse o procurador-geral Merrick Garland em comunicado.

Em agosto de 2019, sob a presidência do republicano Donald Trump, o executivo norte-americano emitiu uma ordem proibindo qualquer pessoa nos EUA de se envolver em transações com qualquer pessoa que tivesse “direta ou indiretamente agido para ou em nome do governo da Venezuela”, lembrou o ministério.

A apreensão dessa aeronave ocorre em um momento em que os Estados Unidos, assim como grande parte da comunidade internacional, se opuseram recentemente à decisão do Supremo Tribunal da Venezuela de validar a reeleição de Maduro em uma votação no final de julho, que a oposição alega ter vencido.

“Maduro e seus representantes falsificaram os resultados da eleição presidencial de 28 de julho, reivindicaram ilegalmente a vitória e conduziram uma repressão em grande escala para se manter no poder pela força”, disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca nesta segunda-feira, especificando que essa apreensão foi "um passo importante para garantir que Maduro continue a sofrer as consequências de sua má governança".

O governo de Maduro, que rejeita acusações de autoritarismo, não publicou uma contagem de votos que legitime sua vitória, apesar da intensa pressão internacional.

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