“MUDA MUITO”: PILOTOS DO FIM DO GRID DIVIDEM OPINIõES SOBRE PROJETO DE NOVA PONTUAçãO

Depois de alguns dos chefes de equipe emitirem suas respectivas opiniões sobre a intenção da Fórmula 1 de ampliar a zona de pontuação das corridas, agora foi a vez dos pilotos. A expectativa é que a proposta seja discutida na próxima reunião da Comissão de F1, em Genebra. Mas, neste momento, está claro que não há unanimidade em relação ao assunto.

A notícia foi divulgada no domingo (21) pelo site da revista inglesa Autosport. O modelo atual, introduzido em 2010, distribui tentos do primeiro ao décimo da seguinte forma: 25-18-15-12-10-8-6-4-2-1. A alteração seria do oitavo em diante, que passaria a receber 5 ao invés de 4, e assim até o 12º, que teria 1.

Em 2024, equipes como AlpineSauber e Williams ainda não pontuaram por causa da linha de corte adotada na F1. Os times entendem que, caso a alteração seja aprovada, os pontos somados na parte de baixo da tabela premiariam o trabalho consistente ao longo da temporada, ao invés de apenas compensar resultados pontuais obtidos pelos pilotos do fundo do grid.

Ainda sem pontuar no Mundial de Pilotos, Valtteri Bottas afirmou que gostaria de ver tal mudança acontecendo na categoria nos próximos anos, mas admitiu que pensa desta forma por causa do atual momento pelo qual o time de Hinwil vem passando. "No momento em que estamos como equipe, sim [a favor da mudança]", disse o #77 ao portal neerlandês RacingNews365.

"Mas se você está em uma das três ou quatro melhores equipes, então não se importa. É assim que acontece. Para ser justo com todos, acho que quanto mais pontos houver, mesmo na sprint, acho melhor. Isso cria ainda mais competição. É extremamente difícil marcar [pontos] agora, as cinco melhores equipes têm uma certa diferença em relação a todas as outras", justificou o ex-piloto da Mercedes.

Alexander Albon, por sua vez, ainda não parece ter uma opinião formada sobre o assunto. O tailandês conquistou 27 pontos em 2023, mas continua zerado no atual certame. De qualquer forma, o companheiro de Logan Sargeant preferiria ver a equipe pontuando por mérito próprio.

"Se quero isso? Talvez — mas, ao mesmo tempo, você quer estar entre os cinco primeiros. Em alguns aspectos, parece que quando você está em uma das cinco últimas equipes, você fica esperando aquela corrida com chuva e bandeira vermelha que vai transformar todo o seu campeonato. É nisso que estamos confiando", começou Albon, explicando sobre a situação atual da Williams, que não vem tendo um início de ano nada fácil.

"No ano passado, parecia que estávamos um pouco mais perto [de pontuar]. As McLaren nem sempre estavam lá e éramos capazes de competir em outros finais de semana. É verdade que agora, de forma consistente, a menos que haja um abandono, nada vai acontecer. Estamos lutando pelo décimo lugar na maior parte do tempo. Deveria perguntar à minha equipe se queremos isso — eu mesmo, realmente não me importo. Prefiro apenas fazer um trabalho melhor e estar entre os cinco primeiros", concluiu o #23.

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Também brigando constantemente na parte de baixo do grid com a Alpine, Pierre Gasly foi claro ao dizer que é totalmente contra a alteração na distribuição de pontos. "Elas [as cinco últimas equipes] só precisam fazer um trabalho melhor, simples assim. Sempre foi o mesmo", enfatizou o francês.

"Nos últimos dois anos, se você não está entre os dez primeiros, você apenas tem de resolver isso e desenvolver um carro mais rápido. Estou feliz com a maneira como está. Não quero mudar muito a forma como a F1 é. Às vezes, quando você tem uma ótima ferramenta, não há necessidade de reinventar a roda. Estou feliz em deixar tudo como está", cravou o companheiro de Esteban Ocon.

Kevin Magnussen, por outro lado, já pontuou no campeonato, e, se dependesse dele, todos os pilotos seriam premiados na corrida, até mesmo o último colocado.

"Acho que seria bom, talvez, pontos para todos, assim sempre haveria algo pelo que lutar, e isso não mudaria o resultado do campeonato. Significa apenas que é uma luta mais interessante entre os cinco últimos colocados", afirmou o dinamarquês da Haas.

"Quando você está brigando pelo 16º ou 14º lugar ou algo assim, seria bom se ainda houvesse algo pelo que lutar. Não é interessante quando você está tão atrás. Ainda é interessante com o carro que temos este ano porque ele é rápido o bastante para que, se algo acontecer, um safety-car ou o que quer que seja, possamos voltar à disputa pelos pontos", finalizou Magnussen.

Fórmula 1 retorna de 3 a 5 de maio para a disputa do GP de Miami, o primeiro de três que acontecem nos Estados Unidos na temporada 2024.

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