Um laudo encomendado pela família aponta os possíveis erros que deixaram a estudante de medicina Larissa Moraes de Carvalho, de 31 anos, em estado vegetativo há pouco mais de um ano, quando deu entrada na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, para realizar uma cirurgia ortognática, procedimento que visava correções de crescimento dos maxilares e mandíbulas.
A estudante acabou tendo uma parada cardiorrespiratória, em 16 de março de 2023, durante o transporte do centro cirúrgico no 14º andar para a enfermaria no 9º andar. Na época do ocorrido, Larissa cursava o 3º período de medicina na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
A família crê que a atual condição de saúde de Larissa decorre de erro médico e, por isso, contratou uma perícia particular para apontar as possíveis falhas no procedimento. Confira o que mostra o laudo:
De acordo com o pai de Larissa, Ricardo Carvalho, se estes procedimentos tivessem sido seguidos, a parada cardiorrespiratória não teria sido evitada, mas teria sido detectada de imediato e a filha teria sido prontamente socorrida evitando as sequelas ocorridas.
A família está buscando na Justiça uma indenização. O Ministério Público solicitou abertura de inquérito policial, com base nos laudos periciais apresentados. Além do hospital, o médico-cirurgião e o médico anestesista são investigados no caso.
Procurado pelo Estado de Minas na noite dessa quinta-feira (25), o hospital optou por não se manifestar sobre o caso. “A Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora informa que, uma vez já instaurada ação na Justiça, em respeito ao devido processo legal, o hospital não fará quaisquer comentários sobre o assunto fora dos autos judiciais. Reiteramos nosso compromisso com a transparência e a qualidade no atendimento prestado a toda comunidade ao longo de nossa história, que soma quase dois séculos”, informou a unidade de saúde, em nota.
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