JUSTIçA CONDENA AVON E NATURA A INDENIZAR FUNCIONáRIA OBRIGADA A USAR FANTASIA POR NãO BATER META

A Justiça Regional do Trabalho de Ponte Preta, interior de Minas Gerais, condenou as fabricantes de cosméticos Avon e Natura a pagarem R$ 10 mil a uma funcionária que era obrigada a usar fantasias quando não baita as metas. O desembargador relator Jorge Berg de Mendonça entendeu que houve danos morais e fixou a indenização.

A funcionária afirmou em depoimento que era “submetida a gestão por estresse com exposição de resultados das metas em reuniões abusivas”. Uma testemunha confirmou que eram feitas reuniões trimestrais em que se exibia um ranking dos vendedores. Os nomes de quem não bateu a meta apareciam em vermelho.

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No depoimento, a funcionária disse ainda que quem não batia as metas deveria usar fantasias escolhidas pela gerente de vendas. As fantasias eram pagas pelo próprio funcionário.

Resposta das rés

Nos autos, Natura e Avon reconhecem que existiam reuniões trimestrais de vendas e que “os resultados das vendas podem ser exibidos em tais reuniões, com planilhas coloridas de acordo com desempenho de cada gerente”.

No entanto, as empresas apresentaram recurso afirmando que “em momento algum, a autora da ação foi exposta a situações que violaram a dignidade ou ainda a tratamento vexatório”.

Mas a Justiça negou o recurso. “A autora logrou comprovar a abusividade na cobrança de metas pela empresa”, afirmou o desembargador Mendonça. A decisão ainda cabe recurso.

A IstoÉ procurou as empresas para se manifestarem sobre o caso, porém não recebeu resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto e poderá ser atualizado.

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