5 TECNOLOGIAS CURIOSAS QUE NUNCA SAíRAM DO PAPEL

A mente humana é uma folha em branco, e nela cabe tudo. Todos os avanços tecnológicos da história têm um pé no campo do sonho e da imaginação. Dispositivos como smartphones e aviões a jato vieram desse lugar fértil onde tudo parece ser possível. Porém, como os exemplos abaixo demonstrarão, nem toda ideia que fica perfeita na mente se concretiza no mundo real.

Inviabilidades surgem por diferentes questões, algumas de cunho financeiro e outras de impossibilidade de execução. Seja qual for a razão, o impedimento raramente interrompe um criador – e, em certas ocasiões, somente posterga um produto muito avançado.

1. Rádio jornal

Para as novas gerações, falar sobre a importância do rádio e do jornal impresso para o cotidiano das sociedades pode soar estranho, mas houve uma época em que eles eram os responsáveis por trazer informação às pessoas. Na década de 1930, tentaram, inclusive, unir os dois através do rádio jornal. Tratava-se de um dispositivo que transmitia as estações de rádio enquanto imprimia as informações passadas pelos radialistas.

Desenvolvido por William Finch, os receptores imprimiam à noite as notícias transmitidas durante o dia. A lógica era oferecer aos detentores de uma unidade desse rádio a possibilidade de tomar café pela manhã lendo as notícias mais importantes do dia anterior.

O projeto naufragou em virtude de informações que eram perdidas devido à estática, além de atolamentos de papel que gerava grandes despesas aos consumidores, saindo do mercado no fim de 1952 com a falência da empresa de Finch.

2. Smell-O-Vision

A ideia de um cinema com cheiro não é nova, mas você sabia que ela começa a tomar contornos a partir da popularização dos televisores? À época de surgimento dos primeiros equipamentos, os estúdios de cinema notaram uma queda acentuada no número de espectadores nas salas. Foi neste instante que começaram a planejar estratégias para contornar tal situação. Dessa forma nasceu a Smell-O-Vision, uma ideia que levaria cheiro às salas de cinema, combinando os odores com o que passava na tela.

O equipamento entrou em funcionamento no filme Scent of Mystery, em 1960. Durante a exibição do longa-metragem, os espectadores foram submetidos a 30 cheiros diferentes, que conduziam a audiência conforme o desenrolar da trama, oferecendo pistas.

Entretanto, o Smell-O-Vision não decolou, pois o sistema foi considerado caro demais para ser implantado nas salas de cinema. Outro aspecto foi que a tecnologia não era confiável, sem contar que os cheiros ficavam muito tempo no ar, misturando-se e confundindo o público.

3. Telefones modulares

Desde que a Apple colocou o iPhone no mercado e inaugurou a era dos smartphones, tudo que compreendemos sobre telefonia móvel mudou. O que não passou a ser diferente foi a disposição das empresas de tecnologia em desenvolver produtos inovadores. Uma das tentativas foram os telefones modulares, incluindo o Projeto Ara, uma tentativa do Google de criar um telefone que fosse montado a partir de blocos que pudessem ser trocados ao longo do tempo.

O usuário teria a possibilidade de substituir o processador, a memória, a câmera ou qualquer outro componente apenas colocando um novo módulo no lugar. A iniciativa do Google naufragou e o telefone modular nunca chegou ao mercado. Projetos semelhantes estão sendo desenvolvidos em diferentes partes do mundo, mas sem conseguir escala comercial que justifique considerar a missão cumprida.

4. Computadores controlados por gestos 

No cinema e na TV, produções introjetaram em nossa mente computadores e outros dispositivos tecnológicos comandados por gestos, voz ou até pela mente. As ideias ganharam força durante a década e 1970, com o desenvolvimento cada vez maior de computadores e sistemas do gênero.

Se equipamentos como a Alexa já fazem parte do dia a dia, os computadores controlados por gestos ainda não se tornaram uma realidade comercial. Ao longo das últimas décadas, o setor teve grandes melhorias, com empresas como a UltraLeap aprimorando equipamentos de controle gestual. Porém, os dispositivos tradicionais, com teclados e mouses, seguem sendo os mais precisos e intuitivos.

5. Roupas de papel

Quem pesquisa a história da moda vai encontrar relatos de projetos para desenvolver roupas feitas de papel desde a China do século II até os dias atuais. Durante os anos 1960, nos Estados Unidos, o conceito de roupas de papel ganhou novo impulso com a moda passando a ser vista como uma forma de arte.

Até mesmo um vestido foi criado usando um material inspirado em Andy Warhol. Contudo, nada que tenha passado de projetos conceituais chegou ao mercado, mostrando a dificuldade de viabilizar essa ideia.

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