JERUSALÉM (Reuters) - Manifestantes contrários ao governo israelense se juntaram nesta quinta-feira em Jerusalém e caminharam até a casa do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, acendendo uma fogueira na rua e pedindo a sua renúncia. “Fomos abandonados -- Eleições já!”, dizia um dos cartazes erguidos em meio à multidão. Manifestantes usaram megafones, hastearam bandeiras e fizeram batucadas enquanto policiais se posicionavam entre barreiras. Tais manifestações ficaram mais frequentes com a ameaça de escalada da guerra contra o Hamas, na Faixa de Gaza, e dos conflitos com o Hezbollah, no Líbano. Contudo, elas ainda não atingiram o pico do ano passado, quando o governo do premiê tentou reformar o sistema de Justiça do país. Muitos na manifestações, que aparentava ter atraído milhares de pessoas, também pediam um acordo para a libertação de alguns dos 120 reféns israelenses sendo mantidos presos pelo grupo palestino islâmico Hamas, na Faixa de Gaza. Ao anoitecer, os manifestantes bloquearam o tráfego e acenderam uma grande fogueira em uma importante rua central de Jerusalém. Não há relatos de grandes confrontos, e a polícia não repetiu o uso de canhões de água contra a multidão, algo que ocorreu em outros protestos. O movimento ainda não conseguiu alterar o panorama político, e Netanyahu permanece no controle de uma estável maioria no Parlamento. (Reportagem de Dedi Hayoun, Sinan Abu Mayzer e Ari Rabinovitch)
2024-06-27T23:46:56Z dg43tfdfdgfd