PROTESTOS SOBRE GAZA CRESCEM EM FACULDADES DOS EUA, MILHARES SE MANIFESTAM NO BROOKLYN

Por Cath Turner e Jonathan Allen

NOVA YORK (Reuters) - Protestos contra Israel encheram as ruas do Brooklyn e se intensificaram nas universidades dos Estados Unidos, algumas das quais incluíam os sêders do feriado judaico do Pessach, enquanto os manifestantes exigiam o fim das mortes de civis em Gaza.

Os protestos crescentes seguem as prisões em massa de manifestantes em algumas universidades da Costa Leste nos últimos dias e mostram uma profunda insatisfação nos Estados Unidos, historicamente o aliado mais importante de Israel, com o curso da guerra contra o Hamas.

Os atos pró-palestinos têm acompanhado o presidente norte-americano, Joe Biden, um autodeclarado "sionista", há meses. Nas universidades, os protestos cresceram recentemente e se transformaram em acampamentos que atraem estudantes e professores de várias origens, inclusive judeus e muçulmanos, que organizam palestras, orações inter-religiosas e apresentações musicais.

Um grande protesto de rua no Brooklyn chegou a um impasse na terça-feira, quando a polícia de Nova York começou a deter pessoas por conduta desordeira, prendendo aqueles que se recusavam a sair do local com amarras.

O Conselho de Relações Americano-Islâmicas criticou o uso da força policial para sufocar a dissidência, dizendo que isso prejudica a liberdade acadêmica.

Críticos dos protestos, incluindo membros republicanos proeminentes do Congresso dos EUA, intensificaram as acusações de antissemitismo e assédio por parte de pelo menos alguns manifestantes. Defensores dos direitos civis, incluindo a ACLU, levantaram preocupações sobre a liberdade de expressão em relação às prisões.

Houve trocas acaloradas de insultos entre manifestantes pró-palestinos e pró-israelenses, especialmente nas ruas públicas ao redor de Columbia, levando os republicanos do Congresso na terça-feira a exigir que Biden faça mais para proteger os estudantes judeus.

Vários manifestantes do campus com quem a Reuters conversou atribuíram os incidentes fora do campus a provocadores desonestos que estão tentando sequestrar a mensagem dos protestos.

"Não há mais universidades em Gaza. Por isso, decidimos reivindicar nossa universidade para o povo da Palestina", disse Soph Askanase, estudante judia de Columbia que foi presa e suspensa por protestar. "O antissemitismo, a islamofobia e o racismo, em particular o racismo contra árabes e palestinos, são todos feitos do mesmo tecido."

(Reportagem de Jonathan Allen, Cath Turner e Julia Harte em Nova York, Nathan Frandino em Berkeley, Califórnia, Kanishka Singh em Washington, Brendan O' Brien em Chicago e Andrew Hay em Taos, Novo México)

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