RESISTêNCIA DE TRUMP à PROCESSOS E ESCâNDALOS REFORçA SUAS CHANCES DE REELEIçãO, DIZ JORNAL FRANCêS

Donald Trump parece ter voltado mais forte do que nunca à cena política. Apesar dos processos e escândalos, nada parece parar o ex-presidente em seu caminho à reeleição, diz o jornal francês Le Figaro, nesta sexta-feira (3).

A volta de Trump à cena política americana, após três anos e meio afastado, é destaque do Le Figaro. Processos, escândalos e adversários, nada parece deter o ex-presidente, que superou todos os obstáculos e está novamente às portas da Casa Branca, diz o diário francês, para quem o milionário e ex-chefe de Estado não mudou.

Ao contrário, sua campanha gira, mais do que nunca, em torno de sua própria pessoa, aponta o jornal: ele aceita as regras somente quando estão a seu favor, continua a institucionalizar a mentira como "realidade alternativa", não reconhece nem um erro ou fracasso e, claro, não aceita nenhuma punição.  

Trump domina novamente a direita americana e sua resistência reforça suas chances de reeleição em janeiro, afirma Le Figaro.

Para o jornal, se for eleito, o republicano deve se inocentar e formar seus herdeiros. Seu próximo mandato não deve ser mais o de um amador. Ele deve colocar a Justiça de seu lado para absolver seus aliados e perseguir os seus inimigos, expulsar milhões de imigrantes ilegais, suprimir a educação pública, neutralizar a Otan e reestruturar as alianças e a política exterior. Em resumo, de acordo com Le Figaro, se reeleito, Trump vai dominar as instituições que o ameaçaram.  

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Imigração no centro da campanha

O jornal Le Parisien destaca o plano para expulsão de imigrantes dos Estados Unidos, em caso de vitória de Trump, que prevê mobilizar o Exército para retirar do país mais de 10 milhões de pessoas em situação irregular. A questão da imigração é central na campanha eleitoral para a presidência americana, "e Trump sabe disso", diz a publicação. 

Em uma entrevista à revista americana Time, publicada esta semana e citada pelo Parisien, Trump destacou os principais pontos de seu futuro mandato, se eleito. Sobre o aborto, o ex-presidente afirma que deixará os estados decidirem. Na economia, ele prevê impostos de até 10% para as importações e afirma que não vai aumentar a ajuda à Ucrânia, se a Europa não fizer o mesmo. Sobre a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, Trump diz que pretende inocentar os envolvidos. 

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