Após 18 anos sem relatos de casos, uma ocorrência de cólera foi confirmada em Salvador, na Bahia. O Ministério da Saúde divulgou o caso na sexta-feira, 19, marcando o retorno preocupante dessa doença vinculada diretamente ao saneamento básico inadequado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem observado um aumento nos casos de cólera globalmente, com surtos da doença em 24 países.
Um homem de 60 anos, residente na capital baiana e sem histórico recente de viagens, apresentou sintomas em março, quando buscou atendimento.
O paciente teve sintomas típicos da cólera, que incluem diarreia aquosa intensa e dor abdominal, após utilizar antibióticos para tratar outra condição médica.
Conforme o Ministério da Saúde, não há evidências de outras pessoas com cólera no país até o momento.
Até então, os últimos registros de casos autóctones (aqueles que têm origem no local em que foi feito o diagnóstico) de cólera eram de 2005, com cinco ocorrências, ambas em Pernambuco.
Conhecida cientificamente como Vibrio cholerae, a bactéria causadora da cólera secreta toxinas que afetam o intestino e podem levar a uma desidratação severa.
Sua transmissão ocorre por via fecal-oral, principalmente, pelo consumo de água ou alimentos contaminados com fezes humanas com presença das bactérias. Geralmente, a bactéria leva de dois a três dias no organismo para começar a causar os sintomas.
Em qualquer caso, a pessoa pode transmitir a bactéria e infectar outras pessoas. O período de transmissibilidade dura enquanto a pessoa estiver eliminando a bactéria nas fezes. Ainda segundo o Ministério da Saúde, o período aceito como padrão é de 20 dias.
A doença causa a perda de fluídos corporais e sais minerais importantes para o bom funcionamento do organismo. Embora tratável, pode ser fatal se não houver intervenção médica rápida.
A infecção é assintomática ou causa diarreia leve, mas pode também se apresentar de forma grave, apresentando outros sintomas.
Quando grave, leva a uma desidratação intensa e pode causar complicações, que podem levar à morte do paciente, segundo o Ministério da Saúde.
Embora a cólera possa ser prevenida com vacinação em regiões endêmicas, no Brasil, o enfoque está na melhoria das condições de saneamento e na educação para saúde.
Autoridades de saúde estão reforçando a vigilância e pedem que a população reporte imediatamente qualquer sintoma da doença.
O controle da cólera no Brasil está diretamente ligado à capacidade de resposta rápida dos serviços de saúde pública e à implementação efetiva de melhorias no saneamento básico. Além disso, é fundamental que a população esteja informada e engajada no combate à propagação desta doença.
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