ESTUDO REVELA UM TRANSTORNO QUE PODE DOBRAR O RISCO DE PARKINSON

Créditos: Depositphotos/vampy1

Um novo estudo aponta que pessoas com transtorno de ansiedade podem ter um risco duas vezes maior de desenvolver Parkinson.

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa crônica que afeta o sistema nervoso central, causando tremores, rigidez muscular e dificuldades de movimento. 

O estudo tem autoria de pesquisadores da University College London (UCL), no Reino Unido, que analisaram dados de 109.435 pessoas com mais de 50 anos que desenvolveram ansiedade e que, depois, tiveram Parkinson. Os resultados foram comparados com outros 878.256 pacientes que não apresentavam o transtorno psiquiátrico.

Quais os fatores de risco para o Parkinson?

Segundo a pesquisa, publicada no British Journal of General Practice, sintomas como distúrbios do sono, fadiga, comprometimento cognitivo, tremor, comprometimento de equilíbrio e constipação foram fatores de risco para a doença nos participantes do estudo que tinham o transtorno.

Os pacientes apresentaram os sintomas desde o diagnóstico de ansiedade até um ano antes do diagnóstico de Parkinson.

O que pode causar a doença de Parkinson?

Foi descoberto, então, que o risco de desenvolver Parkinson aumentou duas vezes em pessoas com ansiedade, em comparação com o outro grupo.

Para o estudo, os estudiosos consideraram idade, sexo, privação social, fatores de estilo de vida, doença mental grave, traumatismo cranioencefálico e demência, fatores que afetam a probabilidade de desenvolver a doença em pessoas com ansiedade.

“Ao compreender que a ansiedade e as características mencionadas estão ligadas a um maior risco de desenvolver a doença de Parkinson acima dos 50 anos, esperamos poder detectar a doença mais cedo e ajudar os pacientes a obter o tratamento de que necessitam”, afirmou Juan Bazo Alvarez, coautor do estudo, em comunicado à imprensa.

Quais são os primeiros sinais de Parkinson?

  • Tremores leves: pequenos tremores, geralmente nas mãos ou dedos, que podem começar em um lado do corpo.
  • Lentidão nos movimentos: movimentos mais lentos e dificuldade em iniciar ou completar movimentos.
  • Rigidez muscular: rigidez nos músculos, causando desconforto e limitando a amplitude de movimento.
  • Diminuição da expressividade facial: redução das expressões faciais, resultando em um “rosto de máscara”.
  • Problemas de equilíbrio e postura: dificuldades com equilíbrio e uma postura encurvada.
  • Mudanças na escrita: a escrita pode se tornar menor e mais difícil de ler (micrografia).
  • Voz Suave ou monótona: mudanças na voz, que pode se tornar mais suave, monótona ou trêmula.
  • Perda de movimentos automáticos: diminuição de movimentos automáticos como piscar, sorrir ou balançar os braços ao caminhar.
  • Dificuldade para andar: passos curtos e arrastados, além de dificuldade para iniciar a caminhada.

Reconhecer esses sinais precocemente pode ajudar a obter um diagnóstico e iniciar um tratamento adequado mais rapidamente.

2024-06-28T17:38:37Z dg43tfdfdgfd