Hoje é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson (11/04). Trata-se de uma doença neurodegenerativa crônica que afeta principalmente a coordenação motora e o controle dos movimentos. Por isso, quando falamos em Parkinson, falamos especialmente de uma limitação da mobilidade e, consequentemente, da queda da qualidade de vida.
A Dra. Joyce Duarte Caseiro, médica e responsável técnica do Hospital de Transição Revitare, explica que a condição ocorre devido à degeneração progressiva das células nervosas no cérebro que produzem dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos.
“A redução da dopamina leva a uma série de sintomas motores característicos do Parkinson. Estes, por sua vez, podem afetar significativamente a mobilidade e a qualidade de vida dos pacientes de várias maneiras”, explica a especialista. Dentre esses impactos, Joyce destaca:
Vale destacar que, além dos sintomas motores, o Parkinson também pode causar sintomas não motores que afetam a qualidade de vida. É o caso, por exemplo, da depressão, ansiedade, distúrbios do sono e comprometimento cognitivo.
“Embora não haja cura para o Parkinson, existem tratamentos disponíveis para ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Isso pode incluir medicamentos para aumentar os níveis de dopamina no cérebro, além de fisioterapia e terapia ocupacional para melhorar a mobilidade e a independência”, afirma a médica.
De acordo com a Dra. Joyce, a fisioterapia pode ser uma verdadeira aliada do paciente com o Parkinson. Isso porque ela pode ajudar a maximizar a função motora, melhorar a mobilidade e minimizar o impacto dos sintomas motores da doença.
“Isso consequentemente, ajuda na redução do risco de quedas, aprimoramento da independência e melhora da qualidade de vida. Além disso, a fisioterapia pode fornecer suporte emocional e motivacional aos pacientes. Dessa forma, ajuda a lidar com os desafios físicos e emocionais associados ao Parkinson”, destaca a profissional.
Idealmente, a fisioterapia deve ser iniciada assim que o diagnóstico de Parkinson for confirmado. Ou então assim que os sintomas motores começarem a afetar significativamente a qualidade de vida do paciente.
No entanto, é importante reconhecer que o Parkinson é uma condição progressiva e os sintomas podem variar amplamente de pessoa para pessoa, aponta Joyce. Portanto, o momento exato para iniciar a fisioterapia pode depender de vários fatores, incluindo:
Joyce destaca que a fisioterapia é uma parte essencial do tratamento do Parkinson em todas as fases da doença. Porém, sua intensidade e frequência podem variar de acordo com a progressão da doença e as necessidades individuais do paciente.
“Por este motivo, é importante que os pacientes com Parkinson e toda a sua rede de apoio trabalhem em estreita colaboração com suas equipes de saúde para desenvolver planos de tratamento personalizados”, finaliza a médica.
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