Pelo menos 17 países da União Europeia registraram um aumento significativo nos casos de coqueluche. Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram notificadas 25.130 ocorrências, e entre janeiro e março deste ano, já foram registrados 32.037 casos.
A maior incidência foi observada em crianças menores de 1 ano, seguidas pelos grupos de 5 a 9 anos e de 1 a 4 anos.
No Brasil, todas as 27 unidades federativas notificaram casos de coqueluche entre 2019 e 2023. Pernambuco teve o maior número de casos (776), seguido por São Paulo (300), Minas Gerais (253), Paraná (158), Rio Grande do Sul (148) e Bahia (122). Nesse período, acabaram sendo registradas 12 mortes pela doença.
Em 2024, a Secretaria de Saúde de São Paulo notificou 139 casos de coqueluche de janeiro até o início de junho, representando um aumento de 768,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A coqueluche, causada pela bactéria Bordetella Pertussis, é uma infecção respiratória caracterizada por crises de tosse seca que podem evoluir para tosse severa e descontrolada, comprometendo a respiração.
A doença pode ser particularmente grave em bebês menores de 6 meses, que ainda não completaram o esquema vacinal, podendo levar à morte.
A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.
O Ministério da Saúde enfatiza que a vacinação é a principal forma de prevenção contra a coqueluche. O esquema vacinal primário para crianças menores de 1 ano consiste em três doses da vacina penta (aos 2, 4 e 6 meses), seguidas de reforços com a vacina DTP (tríplice bacteriana) aos 15 meses e aos 4 anos.
Gestantes devem receber uma dose da vacina dTpa a partir da vigésima semana de gestação, ou no puerpério, se não imunizadas durante a gravidez.
Desde 2019, a vacina dTpa também é recomendada para profissionais da saúde que atuam em unidades de terapia intensiva neonatal e outros setores críticos.
Em resposta aos surtos recentes, o ministério ampliou a indicação da vacina dTpa para trabalhadores da saúde em geral e outros profissionais em contato frequente com crianças.
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